sábado, 1 de agosto de 2009

E eles acham que estou fora de mim
mas se ouvissem o que eu ouço
teriam certeza da minha loucura
e vibrariam cada nota com louvor!

derrubem minha porta
e testemunhem o que os outros
mesmo que soltos
saibam como poucos
a vértice certa do devir!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Estopim

O relógio ainda é lento
Acredite! Depois, piora...

Pois a ânsia pelo momento
Do pronunciamento do plano
Faz minuto virar ano
Pra quem espera o anúncio

Mas quando acontece em sumo
Um inverno de chuva e folhagem
É que foi proferida a mensagem
Que libera as amarras do tempo

Então, tudo se vai com o vento
Até a hora de decolar...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

De nada vale andar pelo seu mundo
Se nesse mundo não cabe mais ninguém

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Velhos Horizontes

Minha cegueira
Tem raízes no passado
Já que breve e rasteira
É a minha visão

Lembrado és
Se ao alcance das mãos
Ao vento vais
Se me foges ao olhar

Sentido fazes
Sobre minha trilha
Ao próprio passo
Em pensamento jazes

Nesse caminho
O terreno é liso
Busco-me lúcido
Em novos ares

Contemplando velhos horizontes
Completando o presente
Com o passado

sábado, 2 de maio de 2009

Primeira Onda

Vai!
Entra na minha mente
E traz o que escondo aos alheios
Mistura-te ao meu sangue
E sente a dor que a mim pertence
Toma a minha forma
E veja a pressão que me cerca
Toma pra ti meu mundo
E separa-o em continentes
Então,
Quando souberes o que é terra
E o que é mar
Joga-me à primeira onda
E deixa-me flutuar

terça-feira, 31 de março de 2009

ESPERA

Sem relógio a espera parece eterna
Os minutos viram eventos
Os segundos, o balançar da perna

Vem o boa noite de um desconhecido
Mais um minuto se passou
Como resposta pergunto-lhe as horas
A espera apenas começou

A essa hora as duas pernas já balançam
Esperando que os segundos passe em dobro
Mas o que dobra é a impaciência
Preciso de um evento novo

Tudo piora quando nada acontece
As pernas embalam os segundos
Mas minutos não mais florecem

É ai que eu caio em prece
Peço o fim da pressa sentida
Então os atrasados aparecem
Ô espera de uma vida!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Poesia Gramática

Há que se consertar a escrita
Para que a cama que te move à mensagem
Não seja nesta maldita

Mal dita és em teu berço
Bem vista a olhos demais
E aqueles que te modificam
Complicam-na ainda mais

De todos, hoje, és mais próxima
Mas tua busca não está na moda
Por isso é torta a escrita
Porém, a poucos a tortura incomoda

Aceito que evoluir é preciso
E precioso é o dom de fazê-lo
Mas, se me rendo, regrido
Não desisto! Sou brasileiro!

Mas aprenderei a nova escrita
No prazo que me foi dado
Só espero no fim disso tudo
Ler, ser lido e bem interpretado